domingo, 8 de agosto de 2010

Fúnebre noite


Vou dormir... Mais uma vez usarei o vazio de cobertor e o tédio como travesseiro... Meu coração pede mais, muito mais, ele é sedento por amor e afeto. Ao menos meu sono é esperançoso, tento achar que talvez amanhã algo irá me acontecer, mas todos os dias sofro a dor de perder as esperanças, de sentir um vento frio bater na minha alma avisando que meu coração morreu mais uma vez esperando. Sou uma pessoa carente, eu assumo... Quando a noite reina escuramente só resta a mim e então vou cumprir meu ritual... Apago as luzes da minha casa e andando cegamente no breu sinto o chão gelado em meus pés, ouço o som que mais se assemelha com meu ser, um silêncio fúnebre. E é na hora em que entro no meu quarto e repouso meu corpo na cama, que encontro comigo mesmo no fim da minha vida e eu sussurro no meu ouvido: Ninguém virá juntar seus pedaços, conforme-se. Minha pele sente o frio da ausência... A desistência vem e me toma, o viver se esvai e o meu precioso sentir deixa de valer alguma coisa.

são 00:34 e agora vou dormir, mais uma vez usarei o vazio de cobertor e o tédio como travesseiro... e é assim que é todas as noites que não vivo da minha vida

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