
O céu por esses dias estava mais negro, a lua estava nova. Então fui eu até as colinas para jogar o sopro mágico em volta da lua, para que pelo menos ela pudesse ainda estar no céu... Soprei calmamente, mas enquanto o fazia reparei... Meteoros cortantes a haviam atingido. Ao ver logo soube que eles não a atingiram, mas ela que tinha se jogado contra os meteoros propositalmente, tomar consciência daquilo fez meu coração pular de susto. Agradeço aos céus pelo meu estado de espiríto quase nunca influenciar meu humor e quanto a frieza tem lá seus proveitos. Curiosidade, ela pensou e mostrou aqueles buracos largos e profundos, mas estava errada, a curiosidade não faz parte de mim nesses momentos, ao menos sou melhor do que isso, muitos sentimentos me tomaram mas poucos se transformaram em at. Saber de tal fato doeu de uma forma inesperada algum tempo depois, em fantasia uma das maiores vidraças foi quebrada no Lar das Promessas. Minha vontade era de gritar, surtar e falar verdades que ferem, mas eu sou eu e eu sendo eu, nada fiz, nada posso fazer pois não tenho nenhum direito, apenas continuei a soprar. Tendo o sopro acabado, fui embora e voltei a andar por fantasia e me perder em mil pensamentos sobre contos de uma história de 500 dias. O conformismo com o caminho que tomei e o vazio me tomara, aos poucos, mas ainda sim meu humor não sofreu grandes alterações, sei que vai passar, sempre passa. Saber separar sentimentos e humores é uma dádiva que apenas tenho em parte e suficientemente, obrigado senhor. Enquanto andava, um arrependimento cretino conseguiu tomar proporções notáveis, pensamentos disseram que talvez não devesse sentir tanto, mas eu sou eu, e eu sendo eu, isso nunca terá importância por muito tempo dentro do meu coração, pois são énsamentos ilusórios vindo de dores. Pelo menos até o dia em que me cansar de humanos e não achar mais merecedores daquilo que prezo, talvez isso aconteça quando o meu mal destrua o meu bem, nunca... Eu terei deixado de ser eu.. Não há nada a perdoar, não sou Deus pra intervir, o conformismo diz que não há o que chorar. A consciência diz que talvez tenha do que se arrepender. No meu coração apenas o normal aconteceu mais uma vez: pulsou um sentimento venenoso e que lhe fez bater menos temporariamente. Vou dormir e hoje novamente usarei o vazio de cobertor, a diferença é que hoje ele é muito maior e gela muito mais do que ontem....
Nothing else matters - Apocalyptica