segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Carinho e ternura















Declaramo-nos um ao outro por horas, a onda que se propagava no ar naquele momento em nossa volta era rosa, a vibe do amor tomou conta dos nossos sentidos.
Depois de viajar as estrelas olhando nos seus olhos, acomodei-me tentando descansar no calor do seu corpo, que emanava seu cheiro interruptamente. Nós Estávamos abraçados, eu conseguira desligar parcialmente meus sentidos, mas você ainda se encontrava acordada.
Você assistia-me dormir, minha cabeça estava descansando em seus seios enquanto seus dedos acariciavam-me passando por entre meus cabelos arranhando delicadamente minha nuca. O melhor lugar que pudera estar era aquele, meu corpo sentia-se completo ao sentir o seu.
Carinho e ternura, essas eram as descrições do seu semblante que olhava pra mim de um jeito sereno, compenetrado, ainda acariciando-me. Certo tempo depois eu acordara, mas mesmo assim me mantia inerte, não queria acabar com uma sensação tão mágica e prazerosa. Ainda estando de olhos fechados, podia sentir seu coração bater forte juntamente com sua respiração calma, fiquei ouvindo extasiado com os sons que seu corpo produzia até finalmente acordar e olhar nos seus olhos e ver que aquilo tinha sido definitivamente mágico, tão especial a ponto de ser surreal, mas não era, era real. A tarde passou rápido naquele dia...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

olhos constelados

Estamos deitados trocando olhares fixados, me vejo no fundo dos seus olhos...
Seus olhos são a chave e os meus a porta, a porta que leva ao mais lindo de todos os lugares do nosso coração, a chave que abre o paraíso dentro de nossas almas.
Um jardim infinito de flores por onde nós caminhamos e as vezes descansamos deitados num campo de rosas sem fim. As rosas cantam, cantam porque sentem nosso amor brotando. Olho nos seus olhos e me vejo voando junto a ti no céu apagado do espaço, seus olhos me trazem as constelações de galáxias inóspitas. Olhos... Olhos que me transportam aos astros, olhos constelados, olhos serenos, olhos plenos, olhos seus amor...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Ultimas palavras

















Você não se despediu de mim, não me avisou que minha vida perdera o sentido. De todo o amor agora só me resta a dor do "nunca mais", a sua falta agora é minha sentença de morte, pois sem você minha vida não existe. O quarto está negro e as sombras parecem querer me engolir, você era minha luz que afugentava meus males, mas me abandonou nas trevas. Não tive chance de tentar ultimas palavras, me tirou o direito da dor do adeus. Não pude ver seus olhos em sua partida e agora sei que não vai voltar nunca mais e nunca mais minha alma será completa outra vez.
Sei que meus pesadelos esta noite vão me atormentar, meus medos neles irão me visitar. A presença da solidão ao meu lado é deprimente, encontro o nada em cada parte do meu coração, e nas suas memórias lágrimas são derramadas ao chão.
Pela janela a fora vejo a chuva desabar do céu e dentro de mim sinto minha alma cair no abismo eterno da loucura.
Não resistirei... Você não me deu chance de tentar últimas palavras, me privou de presenciar sua ida. Não quis deixar doces lembranças em cartas. Palavras não ditas assolam minha mente, nunca mais vou te ter e sempre vou lembrar-me de você. Longe de mim como será que se sente? Eu pagarei pela sua falta de humanidade, vou extrair você de mim e como uma cólera de um cometa lhe atingirei quando a hora de lhe reencontrar chegar, seja feliz enquanto na sua vida eu não aparecer... Você irá se lembrar do que me fez, levará as mãos à cabeça e se arrependerá por tudo que não me fez passar, será tarde demais, estarei indo atrás de você armado com minha dor pronta pra lhe ferir, serei o algoz do seu amor. É só esperar, vou invadir sua vida com o quanto de tristeza que eu possa carregar neste coração colérico tomado pela frieza dos seus não atos...

Face a face com meus pesadelos


Estou acorrentado, preso em mim. Conheço este lugar sombrio de épocas passadas, aqui já morri inúmeras vezes, mas essa pode ser a última.
Estou face a face com meus pesadelos e eles me encaram fixamente como se eu estivesse a mercê deles, como se fossem donos das minhas escolhas e minha liberdade pertencesse a eles.
Olham no fundo dos meus olhos e dizem que não sou nada, querem me torturar com meus medos, querem me fazer desistir da vida, me fazem ver ela desistir de mim, me fazem ver que todos foram embora. Grossas correntes me impedem de amar, correntes feitas com meus pensamentos ilusórios, com meus sonhos caídos e inalcançados.
Desgraçados parem, eles riem ao som dos meus gritos, dos meus choros, eu os suplico parem, parem, mas eles continuam rindo. Eles se deliciam com minha dor, mostram que tudo o que vivi era mentira, uma bela mentira pra se acreditar, eles bebem meu sangue na taça do meu pavor, eu quero sair daqui, preciso sair daqui, não estou aguentando e já não existe amor dentro de mim, a luz me abandonara pronunciando que perto de mim se extinguiria, não iria iluminar alguém que já estava morto.
Eles têm razão meus esforços de acordar e levantar todos os dias são em vão, minha vida é imprestável e não vale nada pra ninguém.
Meu mundo irá abaixo, eles planejam separar meu corpo da minha alma, não tenho de quem me despedir, não tenho quem se lamente pela minha perda. Aqui me despeço de todos que não amei e que não tiveram importância nessa breve existência, ninguém aparecerá pra me salvar, eu me rendo, não consigo suportar eles triunfaram... Em poucos segundos irei perder o sopro da vida dentro de mim e serei apenas uma carcaça vazia e sem propósito de existência.